05 set Uber x táxi: presidente do Sinditaxi diz que operação é ilegal e que frota existente em Floripa já é suficiente.
Enquanto o Uber prepara a chegada na Grande Florianópolis, conforme a coluna adiantou na última sexta-feira, taxistas se articulam para não perder mercado. Irandi de Oliveira, presidente do Sindicato dos Taxistas de Florianópolis e região (Sinditaxi) revelou à coluna que a categoria discute com as prefeituras dos municípios incluídos na rota do Uber (Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça) formas de vetar o serviço, com fiscais autuando os motoristas.
– Os motoristas do Uber estarão cometendo um crime. Em Florianópolis, por exemplo, a lei 085, que regulamenta a atividade, proíbe veículos sem licença de tráfego emitida pela prefeitura de recolher passageiros – explica o aluno de Administração Pública da Udesc, taxista há seis anos que assumiu recentemente a presidência do sindicato dizendo buscar a modernização do serviço.
Questionado sobre a insuficiência de frota e o mau atendimento, as principais queixas dos moradores em relação ao serviço na Capital, Irandi responde:
– A frota de 670 taxis na cidade é suficiente. Em relação ao atendimento, em 50 anos, o sindicato pouco fez para melhorar o serviço. Estamos dando capacitação, cursos de boas maneiras, ensinando a atender melhor, além de planejar serviços como o de corridas compartilhadas e um aplicativo onde clientes possam avaliar motoristas. No fim, acho que essa é uma boa oportunidade, pois nos força a mudar a visão dos motoristas de táxi. O taxista que não se modernizar será excluído do sistema.
E conclui com um apelo:
– Os taxistas estão com medo. Mais de duas mil famílias dependem disso. Eu garanto que a maioria deles luta pelo bom atendimento.
A novela está só no começo.
Fonte: Diário Catarinense