09 maio Pedestres desrespeitam o semáforo da Avenida Paulo Fontes, em Florianópolis
Menos de dois meses reaberta, a Avenida Paulo Fontes, no Centro da Capital, virou um território sem lei. Alguns minutos na travessia entre o Ticen e o Camelódromo são suficientes para se perder a conta de quantas pessoas correm risco de atropelamento.
::: Veja o vídeo com os flagrantes
A Hora ficou por uma hora no local, na semana passada, e o que mais se viu foi gente apressada. É raro o pedestre esperar o semáforo fechar para atravessar. Tem gente que corre entre os carros ou que não dá a mínima ao trânsito: atravessa lendo jornal ou mexendo no celular. Por isso, o que mais se ouve são buzinaços de motoristas.
A culpa é do conjunto
Para o comandante do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes, a culpa é do pedestre, do motorista e da situação em que a via se encontra.
Ele explica que enquanto o pedestre não olha para os dois lados, o motorista, por sua vez, exagera na velocidade – que, mesmo baixa, é excessiva para a área. Segundo ele, o local é arriscado em todos os sentidos, com grande fluxo de veículos e pedestres, gerando grande perigo.
Guarda Municipal lava as mãos
A Polícia Militar não informou o número de atropelamentos no local. Nas duas primeiras semanas após a reabertura, em março a Guarda Municipal manteve a fiscalização no local. Mas, segundo o gerente de Trânsito, Alberto Martins, o trabalho foi ineficiente: os pedestres arriscavam a vida, mesmo com a atuação de oito agentes por turno, na época.
Hoje, sem os guardas na rua, restaram quatro semáforos em ambos os sentidos, faixa de pedestres e dois contadores regressivos, que apontam ao pedestre quanto tempo falta para a sinaleira abrir – 73 segundos.
Pedestre não leva multa
Segundo o gerente, não há muito o que fazer:
– O local está bem sinalizado, tem tudo para proteger o pedestre e o motorista. Depende só da educação. Eles têm consciência do perigo, mas é uma atitude individual. Não podemos multar o pedestre.
Fonte:HORA DE SANTA CATARINA