30 set Motoristas poderão trocar carona por compras coletivas
Os motoristas brasileiros terão, a partir de novembro, um belo incentivo para oferecer caronas no dia a dia: eles poderão lucrar com isso. O site Caronetas, uma rede de caronas corporativas (entre funcionários de empresas) com mais de 13 mil usuários ativos, irá lançar uma moeda virtual – chamada Caronetas – que será aceita em sites de compras coletivas como o GroupOn, além de varejos online como o Americanas.com. “Cada dono de automóvel passa a ser um possível ‘taxista’”, diz Marcio Nigro, fundador do portal.
Um usuário que more no ponto A e trabalhe no ponto B poderá dizer qual é o preço daquela rota – ele continua tendo a opção de dar caronas gratuitas, a forma como o site funciona hoje. Quando levar alguém por aquele caminho, o beneficiado informa o site disso, via SMS ou email. Assim, o dono do veículo ganha Caronetas e pode fazer compras online com elas. A moeda pode ser comprada no próprio site, sem cobrança de taxas – além das cobradas pelo cartão de crédito.
O “câmbio” das Caronetas será baseado no preço dos combustíveis, de modo que cinco caronetas, por exemplo, sempre vão significar que o usuário tem direito a andar cinco quilômetros de carona. A sugestão do site é que os donos de carro cobrem, por quilômetro, 10% do preço do litro da gasolina. Isso significa que alguém que more em São Paulo, a cinco quilômetros do emprego, pagaria cerca de R$ 1,50 para ir ao trabalho.
Só é possível entrar para a rede do Caronetas usando um email corporativo, para provar que o usuário é funcionário de uma das empresas cadastradas pelo sistema – atualmente, são 750 companhias, como TAM, Banco do Brasil e Companhia Siderurgica Nacional (CSN). “Isso ajuda muito na segurança de quem usa as caronas, já que só quem tem email corporativo de uma empresa consegue fazer o cadastro”, explica Nigro. Os grupos criados pelo site, em 19 estados (a maioria concentrada em São Paulo), já viabilizaram mais de 3,5 mil encontros com potencial de gerar caronas diárias.
O site usará informações sobre os trajetos feitos pelos usuários para propor compras coletivas que possam ser usufruídas na região. “A pessoa poderá dar uma carona na ida e comer o temaki da compra coletiva na volta”, brinca Nigro.
Fonte: IG