Governo avalia projeto de ponte entre Ilha e a Ponta do Leal, no bairro Estreito

O relatório final dos três projetos para a nova ligação Ilha-Continente foi entregue, na terça-feira, ao governador Raimundo Colombo, que deve anunciar a sua decisão ainda este mês. Apesar de o secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, não adiantar qual foi a recomendação da pasta, tudo leva a crer que a proposta escolhida será a da ponte entre a Beira-Mar Norte e Continental, na Ponta do Leal.

Cobalchini não assumiu sua posição ao Diário Catarinense, mas acabou informando as características da obra recomendada. Disse que, depois do anúncio, teria de se reunir com a SC Parcerias para definir o projeto de parceria público-privada e que o projeto era muito mais do que uma travessia e, sim, um sistema que resolveria o congestionamento até Biguaçu — onde seria ligado à BR-101.

Como a proposta do túnel subaquático já estava descartada devido à falta de tecnologia brasileira, o único projeto que contempla esses requisitos é a ponte que liga a Beira-Mar Norte à Ponta do Leal, no Balneário Estreito.

O secretário de Desenvolvimento Regional da Grande Florianópolis, Renato Hinning, se mostrou mais simpático à travessia na Beira-Mar do que a proposta do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), responsável por um estudo de ponte estaiada — sustentada por cabos — entre a Colombo Salles e Pedro Ivo Campos, como sequência da reduplicação da Via Expressa (BR-282).

— É mais interessante a ligação na Baía Norte porque distribuiria melhor o trânsito, evitando o congestionamento em direção ao Centro. Quem vem ou vai para Biguaçu e Barreiros, em São José, seguiria pela nova travessia, e os que circulam entre Ilha e Palhoça pegariam a Pedro Ivo ou Colombo Salles — analisa.

O pré-projeto, elaborado pela empresa de engenharia consultiva Prosul, prevê, além da ponte, a ampliação do aterro nos dois lados para a criação do novo sistema viário de acesso à travessia. A maior mudança ocorreria a partir do Balneário do Estreito, que teria uma nova via, costeando o mar, até a BR-101. Uma vantagem é que São José já tem o planejamento da Beira-Mar de Barreiros, onde deve passar a nova via.

Outro item que pesa na escolha do governo é que o projeto da Prosul é autofinanciável. A ideia é que a obra se pague com a venda de parte da área aterrada. Se a proposta do Dnit fosse a escolhida, o governo do Estado teria que retirar dos cofres públicos a verba para a execução da ponte.

A quarta ligação é uma das principais metas da administração de Raimundo Colombo e um projeto que se discute desde a conclusão da Pedro Ivo Campos.

— Vai ser a obra do mandato. Há a possibilidade de começarmos a desenvolver o projeto executivo este ano — idealiza Cobalchini.

 

Fonte:DIÁRIO CATARINENSE