22 mar Crianças devem sentar atrás de bancos desocupados no carro, diz organização nos EUA
Centro de Segurança Automotiva quer que reguladores emitam o aviso para pais e cuidadores; prática diminuiria riscos em colisões
Qual a forma mais segura de transportar as crianças no carro? O Center for Auto Safety (CAS) acredita que é no banco de trás – como já é recomendado atualmente -, mas coloca mais um cuidado: os pequenos devem se sentar atrás de assentos desocupados ou do passageiro mais leve. A recomendação se baseia em relatórios e dados de acidentes que mostram que, em colisões com impacto na traseira, os encostos dos bancos dianteiros tendem a tombar. Acima de 48 km/h, o encosto é capaz de esmagar a criança que está atrás.
A organização de defesa do consumidor em casos de segurança automotiva abriu uma petição para que os reguladores emitam um aviso a pais e cuidadores sobre o melhor lugar para a criança no banco traseiro. O CAS já encontrou 22 processos envolvendo crianças mortas ou levemente feridas em acidentes em que o assento da frente caiu em cima delas.
Uma pesquisa encomendada pelo CAS revela que em quase 900 casos entre 1990 e 2014, crianças atrás de passageiros no banco da frente morreram em colisões. A relação com a queda dos encostos é incerta, segundo a organização, pois o sistema governamental não oferece informação suficiente para rastrear o problema. O CAS ainda pediu que a Administração Nacional de Segurança no Tráfego (NHTSA) investigue esses óbitos.
Já em 1967 a Sociedade de Engenheiros Automotivos divulgou um relatório atentando para a baixa qualidade dos assentos dianteiros,que poderiam causar lesões durante colisões. Em 1989, um pesquisador pediu à NHTSA que aumentasse os parâmetros de segurança. A ideia era que a base dos bancos fosse 20 vezes mais pesada que os encostos e tivesse 20 vezes o peso do ocupante.
“Enquanto os carros nas estradas norte-americanas não estiverem equipados com assentos dianteiros fortes e adequados, crianças nos bancos traseiros atrás de assentos ocupados continuarão em perigo de morte ou lesões graves de falhas no encosto em impactos na parte de trás”, disse o diretor-executivo do CAS Clarence Ditlow.
Fonte: AUTOESPORTE