19 maio Transportadores pedem novas combinações de veículos de carga.
Objetivo é aumentar capacidade de carga e reduzir custo do transporte.
O Setcepar (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Estado do Paraná) encaminhou ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) um pedido para que sejam autorizados novos modelos de combinação de veículos de cargas. O objetivo é conseguir a liberação para utilizar o cavalo mecânico de quatro eixos (chamado bitruck) com a carreta de três eixos afastados, a chamada “vanderleia”, conjunto que não está regulamentado.
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Para isso, é necessária uma mudança nos limites do peso bruto máximo das composições, das atuais 54,2 toneladas, para 59 toneladas. Um estudo elaborado pela entidade em parceria com a TRS Engenharia foi encaminhado ao órgão. Nele, destaca-se que a mudança não deve gerar prejuízos à infraestrutura rodoviária.
O engenheiro Rubem Melo explica que essa alteração não implica no aumento do peso por eixo, “fator que poderia causar danos ao asfalto”. Além disso, como a combinação é longa, também não impactaria na estrutura de pontes e viadutos. “O problema é quando a composição é curta, porque concentra mais o peso bruto e aí sim representa um risco para a infraestrutura.”
Atualmente, em razão do peso bruto máximo de 54,2 toneladas, o cavalo mecânico de quatro eixos está autorizado a tracionar carretas de três eixos juntos. Com isso, o potencial do bitruck não é aproveitado.
Segundo o engenheiro, com a alteração nas regras, o transporte rodoviário de cargas pode ganhar mais eficiência. “A composição permite que se reduza o custo por tonelada transportada, porque é um veículo mais eficiente, levando carga maior e baixando o custo do transporte”, diz Melo.
Outra solicitação é para que haja uma alteração nos limites de tamanho para as combinações de veículos de carga maiores. Atualmente, o mínimo – estabelecido em razão das condições da infraestrutura rodoviária – é de 25 metros. A demanda é que seja reduzido para 22 metros.
O objetivo é aumentar a segurança nas rodovias, facilitando a convivência desse tipo de veículo com carros de passeio e diminuindo a chance de acidentes, por exemplo, em ultrapassagens.
Fonte: Agência CNT de Notícias