20 ago Nervos sobe controle na hora de dirigir o carro
Postado em 14:00h
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A violência e o número de acidentes no trânsito crescem na proporção da frota e, para evitar que a situação se agrave, o Departamento de Trânsito (Detran) impôs regras mais duras para tirar habilitação. As mudanças começaram em 2009.
As próximas, entram em vigor no mês de outubro e se referem justamente à avaliação psicológica. A ideia é que os candidatos reprovados tenham acesso ao laudo dos psicólogos e possam procurar ajuda antes de sair ao volante.
Segundo o Detran, as avaliações psicológicas vão ter uma nova dinâmica e o diagnóstico Necessita Nova Avaliação não será mais válido. Hoje, a maioria dos usuários desconhece como funciona o exame, quais competências são avaliadas, o significado de cada resultado e os direitos que eles têm.
A entrega do laudo de avaliação e a realização gratuita da entrevista devolutiva, por exemplo, são direitos dos candidatos que devem ser divulgados em cartilhas e nas aulas teóricas nos centros de Formação de Condutores. Os documentos, apesar de não alterarem os resultados, devem auxiliar e permitir que os usuários entendam quais pontos determinaram a inaptidão.
Para o proprietário de um Centro de Formação de Condutores, Fábio Amorim Luciano, a experiência prática mostra que dirigir bem exige equilíbrio psicológico e também emocional. Há perfis de alunos que reprovam por isso. “Não há um teste de impaciência.
Se tivesse alguns jovens não passariam, porque têm pouca atenção e parecem estar sempre com pressa, mas ele podem aprender. Acho que apresentar o laudo da avaliação para quem reprova é importante, porque serve para melhorar”, diz.
A coordenadora do curso de Psicologia do Cesumar, professora Gilcinéia Rose da Silva Santos, afirma que é importante que as pessoas entendam que a avaliação mostra um recorte da personalidade do indivíduo.
Isso quer dizer que ela evita que aqueles que não têm condições psicológicas de dirigir tirem habilitação, mas não tem como prever que um dia o motorista vai furar o sinal vermelho só porque não teve paciência de esperar abrir.
Avalia-se o padrão de concentração e a dinâmica de cada um. Gilcinéia explica que quando as pessoas reagem mal ao volante, em geral não foi o trânsito que causou a irritação, mas algo que as estava incomodando antes. “Isso tem que ser resolvido com autocontrole e bom senso”, diz.
Fonte: O diario.com