12 mar Celular e direção: uma combinação fatal

Apesar do Código de Trânsito punir quem usa o celular enquanto dirige, esta prática, que tira a atenção do motorista, ainda é comum. Tragédias refletem conduta de risco ao volante.

O acidente de carro que custou a vida da norte-americana Taylor Sauer, de 18 anos, que postava mensagens no Facebook pelo seu celular enquanto dirigia, chamou a atenção do mundo. “Não posso discutir isto agora. Dirigir e falar no Facebook não é seguro! Haha”, postou Taylor instantes antes de bater seu automóvel na traseira de um caminhão-tanque. O caso aconteceu no dia 14 de janeiro, mas somente nos últimos dias foi divulgado pela família da vítima.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proíbe o uso do celular enquanto o condutor dirige. A multa para quem for pego infringindo a legislação é de R$ 85,13 e, por ser uma infração média, rende ainda quatro pontos na carteira.
Não há nenhuma especificação de multa para quem utiliza o aparelho no sistema viva-voz, mas os especialistas em trânsito afirmam que o risco para quem usa o dispositivo também é alto.

Uma estatística do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM) de Maringá revela que cerca de 90% dos acidentes envolvendo veículos acontecem em decorrência da desatenção do motorista, que tem entre as causas o uso do celular ao volante.

O tenente do 4º BPM Cláudio Pereira da Rocha ressalta que os motoristas sabem dos riscos dessa atitude inadequada, mas se superestimam. “Ele sempre acredita que é o melhor na direção e que o acidente nunca vai acontecer com ele. É nesse momento que o perigo se torna ainda maior”, menciona.

De acordo com o secretário municipal de Transportes, Valdir Pignata, a orientação é que, caso o telefone celular toque, o motorista estacione em um local seguro para só depois atendê-lo.

“Se isso não for possível, vale a pena ter paciência e reduzir a velocidade até encontrar um lugar para parar. O celular tira a concentração do motorista e dois segundos de desatenção já são suficientes para que uma tragédia aconteça”, reforça.

O secretário diz que não existe, em Maringá, um programa específico para a conscientização dos motoristas sobre os perigos da combinação perigosa entre uso do celular e direção.

Entretanto, ele ressalta que o assunto é abordado em todos os trabalhos realizados pela equipe de Educação de Trânsito da Secretaria dos Transportes (Setran), desenvolvidos nas escolas e empresas.

Fonte: o diario.com